sexta-feira, 15 de abril de 2011

Mais de 200 pessoas comparecem à Conferência Pública com Alan Woods em Joinville

Depois da primeira atividade desta série no Brasil, que reuniu 150 pessoas na UFSC em Florianópolis, Alan Woods proferiu outra conferência com o tema “A Revolução dos Povos Árabes e a Crise Capitalista Mundial”, no auditório do IELUSC, em Joinville. Às 16:00 do Sábado, 2 de abril, mais de 200 pessoas compareceram à conferência pública em Joinville, no estado de Santa Catarina. O jornal local Primeira Pauta publicou uma entrevista de página inteira com Alan Woods no mesmo dia e havia um grande interesse entre os ativistas de esquerda, que se refletiu na excelente participação.

A grande maioria era de jovens, mas havia um grande número de trabalhadores e sindicalistas, que tinham vindo para ouvir o marxista britânico falar sobre a revolução árabe e a crise do capitalismo. Muitos dos presentes eram membros de grêmios estudantis, da UJES (União Joinvillense dos Estudantes Secundaritas) e da Juventude Marxista, que havia convocado a atividade. Mas havia também dirigentes sindicais dos servidores públicos, metalúrgicos, professores, etc. Havia também representantes de associações de bairros e de organizações de Direitos Humanos. O clima geral do começo ao fim foi de grande entusiasmo pelas idéias do marxismo.

A reunião foi conduzida pelo companheiro Ulrich Beathalter, presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Joinville. A atividade foi aberta por breves discursos do companheiro Tiago, presidente do CA de Direito da Univille e do companheiro Adilson Mariano, vereador do PT na cidade.

A única voz dissonante foi a de um velho stalinista, que alertou para o perigo do que chamou de “triunfalismo”. Em resposta, o camarada Alan Woods comparou a luta de classes com as marés do oceano. Na maré baixa, a praia é repleta de corpos, de peixes mortos e moribundos que ficaram presos quando o mar recuou. Mas quando a maré varre novamente, como sempre faz, o mar leva todo o lixo, os mortos e moribundos, e traz vida nova e oxigênio.

Respondendo a perguntas em relação às perspectivas para o Brasil e, em particular sobre o Partido dos Trabalhadores (PT), Alan prestou homenagem às tradições de militantes da classe trabalhadora brasileira, que tinham derrubado uma ditadura militar brutal. Ele disse que o PT e a CUT foram conquistas da classe trabalhadora e ainda contam com o apoio de milhões de trabalhadores. Entretanto, ressaltou que os dirigentes reformistas abandonaram os objetivos originais socialistas do partido e estão defendendo políticas capitalistas.

Lula teve sorte na medida em que seu governo coincidiu com um período de boom capitalista mundial. Mas Dilma Rousseff não teve tanta sorte. Citando a Bíblia, ele disse: “Não podeis servir a dois senhores: não podeis servir a Deus e a Mamom (o deus do dinheiro)”. O PT deve romper com o Capital e reatar com seu objetivo original socialista, afirmou.

Ao final da reunião, um grande número de pessoas foi à banquinha montada na porta do auditório, para comprar livros de Alan Woods que estão agora disponíveis em Português, como “Razão e Revolução: Filosofia Marxista e Ciência Moderna”, “Reformismo ou Revolução - Marxismo e Socialismo do Século XXI: uma resposta a Heinz Dieterich” e uma brochura com artigos recentes de Alan, intitulada “Tremores Revolucionários: uma análise marxista da atual onda revolucionária nos países árabes”. Formou-se uma longa fila para autógrafos do autor e muitos dos presentes assinaram a lista dos que têm interesse em conhecer a Corrente Marxista Internacional.

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