terça-feira, 11 de maio de 2010

AIRTON SUDBRACK DEFENDE TRABALHADORES

A Assembleia Legislativa realizou em Araquari, na noite de quinta-feira (06/05), audiência pública para debater o Projeto de Lei 0064/010 que institui o Complexo Intermodal Catarinense, com a instalação na região de um aeroporto, ferrovia litorânea e dois portos, um em Barra do Sul e outro em Barra Velha.

Airton Sudbrack, assessor jurídico do Centro de Direitos Humanos de Jaraguá do Sul e pré-candidato do PT a deputado federal, esteve presente e fez sua intervenção em defesa do meio ambiente e dos trabalhadores portuários: “Acredito no desenvolvimento sustentável e responsável. Penso também que os direitos dos trabalhadores são intocáveis.

Não tem sentido a criação de dois portos privados, em Barra do Sul e Barra Velha, se for para esvaziar o Porto público de SFS que recebeu recentemente 280 milhões em investimentos do Governo Lula”. Para arrematar, questionou: “Não teria esta proposta o objetivo de dar um tiro de misericórdia na categoria dos estivadores, arrumadores, conferentes e demais trabalhadores portuários? Portanto, que tenham estes dois portos, mas que ambos sejam públicos”, criticou. Airton entende que estes dois portos e a construção do terminal privado Marítimo Mar Azul na Bahia da Babitonga trarão conseqüências violentas para SFS. “Este D.I.U. de concreto vai esterilizar aquela maravilhosa Bahia” concluiu Airton.

Para Airton Sudbrack, há um movimento perigoso ocorrendo contra a categoria dos estivadores, conferentes, arrumadores, consertadores e vigilantes. “A categoria dos trabalhadores portuários organizados em seus sindicatos tem muito poder de negociação. Como estamos dentro de um contexto de crise mundial, os trabalhadores que têm uma remuneração mais digna, com grande poder de mobilização, precisam ser desarmados”.

O Presidente do Sindicato dos Conferentes de SFS, Celso dos Santos, presente ao evento, expôs sua indignação com o presidente do Conselho de Autoridades Portuárias (CAP), engº Fernando Camacho, diretor da SDR Joinville. “Quando o CAP era presidido por alguém da ANTAC ocorriam em torno de dez reuniões por ano para debater questões do Porto. Com a posse de Camacho em 2009, ocorreram somente duas reuniões. Em 2010, estamos entrando no quinto mês e nada de reunião”, comentou. Para Celso, isto ocorre para evitar questionamentos sobre o esvaziamento que vai ocorrer no Porto Público com a implantação do Terminal de Contêineres de Itapoá, já em fase de construção, bem como se for aprovado o licenciamento ambiental para construção do Terminal Marítimo Mar Azul, ambos privados.

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